Morre Odette Ernest Dias a mais brasileira das flautistas francesas!

A morte da flautista Odette Ernest Dias, aos 96 anos, provocou forte repercussão entre músicos, instituições culturais e espaços ligados à música instrumental no Brasil. Fundadora do Clube do Choro de Brasília, Odette foi lembrada, em notas de pesar, como uma figura essencial para a história do choro e para a formação de gerações de instrumentistas. 

Com trajetória marcada pelo diálogo entre a música erudita e a popular, Odette integrou a Orquestra Sinfônica Brasileira e atuou como professora da Universidade de Brasília (UnB), onde teve papel fundamental na formação de músicos e na difusão da música instrumental na capital. 

O Ministério da Cultura divulgou nota de pesar lembrando a trajetória da artista como musicista, professora e pesquisadora, enfatizando sua contribuição para a cultura brasileira e seu papel na construção de Brasília como polo musical. Para o Ministério da Cultura, Odette foi uma referência na integração entre música erudita e popular. 

Músicos, ex-alunos e admiradores também usaram as redes sociais para prestar homenagens, destacando a generosidade, o rigor artístico e a paixão de Odette pelo ensino e pela música. As mensagens ressaltam não apenas sua excelência técnica, mas também sua influência humana e cultural. 
“Uma coisa muito interessante e algo que me fez voltar a meu pais, foi o fato de que eu percebi cada vez mais forte que a cultura musical, a cultura em geral é diversificada, é plural. Não existe essa coisa de cultura do primeiro mundo ou do segundo mundo, ou do terceiro. 

O movimento é constante, então essa ideia de mestiçagem é uma coisa muito forte, o mundo inteiro participa da mesma coisa e a música educa. Essa procura do som, por exemplo, é uma coisa que vem de dentro.” Declaração de Odette em relação ao sua experiência musical e sua compreensão em relação a essa realidade. 

Com uma trajetória marcada pelo compromisso com a música e pela formação de novos talentos, Odette Ernest Dias deixa um legado que permanece vivo no choro brasileiro e na memória cultural de todo o pais!